Mortalidade na infância caiu 77% no Brasil em duas décadas, diz Unicef
O Brasil é o sétimo país do mundo que mais teve declínio no índice de mortalidade infantil
Relatório divulgado pelo Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) nesta sexta-feira (13) aponta que o índice de mortalidade na infância caiu cerca de 77% nos últimos 22 anos no Brasil. De acordo com o Relatório de Progresso 2013 sobre o Compromisso com a Sobrevivência Infantil: Uma Promessa Renovada, a taxa de mortes de crianças com menos de cinco anos era de 62 por mil nascidos vivos em 1990 e em 2012 estava 14 por mil nascidos vivos.
A morte de crianças com menos de cinco anos de idade é considerada mortalidade infantil. Os dados são de um estudo realizado com a colaboração do Unicef, da OMS (Organização Mundial da Saúde) e do Banco Mundial.
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Maior declínio
O Brasil é o sétimo país do mundo com maior declínio no índice de mortalidade na infância no período. No ranking mundial, o Brasil apresenta a posição 120º com maior índice de mortalidade na infância.
Os países classificados com os maiores índices de erradicação da mortalidade de crianças menores de cinco anos no período foram Maldivas (89%), Estônia (82%), Arábia Saudita (82%), Turquia (81%) e Macedônia (80%).
Na América Latina e Caribe, o Brasil sofreu, junto com o Peru, a maior queda no índice entre 1990 e 2012. A queda da mortalidade infantil fez com que o Brasil atingisse o Objetivo do Desenvolvimento do Milênio 4 (ODM 4), que visava a queda da mortalidade infantil em 66% entre os anos de 1990 e 2015.
De acordo com o Unicef, a queda foi possível graças a uma série de medidas como a criação do SUS (Sistema Único de Saúde), com foco na atenção primária em saúde, avanços no atendimento materno e de recém-nascidos, melhoria nas condições sanitárias, promoção do aleitamento materno e criação de iniciativas de proteção social como o Bolsa-Família.
Na taxa de mortalidade neo-natal (nos primeiros 28 dias de vida), o Brasil apresentou queda de 68%. O índice era de 28 por mil nascimentos e passou para 9 por mil nascimentos.



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